O BiodiverCidade é um fórum de discussão criado por docentes do curso de Licenciatura de Ecologia e Paisagismo da ESAViseu onde são debatidas questões de planeamento e desenvolvimento estratégico, em questões relacionadas directa ou indirectamente com o ambiente e a biodiversidade da cidade de Viseu ao nível dos recursos naturais mas também culturais.


domingo, 5 de maio de 2013

A mais bela "Árvore de Judas"...de Viseu...

Fica localizada junto ao conservatório de música Dr.ºAzeredo Perdigão.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Um Sentimento de Perda...de Memória Cultural e Educacional

No passado 21 de Novembro deparamo-nos, no parque da cidade com o cenário da queda de um majestoso exemplar de carvalho-roble. Os danos provocados foram extraordinariamente limitados face ao porte do exemplar arbóreo. Por coincidência passei pelo parque Aquilino Ribeiro, naquele fatídico dia, mas não assiti ao vivo à "desmontagem" daquele "monumento vivo". Contudo, solicitei aos serviços técnicos da autarquia que nos disponibilizassem uma secção do exemplar para podermos fazer a sua datação. Com a ajuda do colega José Manuel Costa e do aluno de Ecologia e Paisagismo, Davide Gaião, chegamos a uma primeira conclusão que este carvalho terá entre duzentos e cinquenta e trezentos anos e que neste momento estamos a tentar perceber a evolução das taxas de crescimento deste exemplar com dados da climatologia e de alterações no próprio parque, acontecimento que ficaram "registados" nos anéis de crescimento como se de um autêntico gravador se tratasse. Dendrocronologia é um método científico de estabelecer a idade de uma árvore baseado nos padrões dos anéis em seu tronco. É estabelecida de acordo com o clima das épocas, e por isso, torna-se um grande método de datação absoluto dos climas passados. As árvores, em zonas temperadas, crescem em espessura de maneira descontínua. Verifica-se, que a largura desses anéis não é constante, variando de ano para ano em cada região de acordo com a variação das condições climáticas: quanto melhores forem essas condições tanto mais largos serão os anéis anuais e, inversamente, quanto mais desfavoráveis às condições tanto mais estreitos os anéis. Em breve publicaremos os resultados e as conclusões das análises realizadas desta que constitui uma perda assinalável do património arbóreo da cidade. Não faço ideia do destino dado à madeira deste "monumento", mas não acredito que tenha sido usado de uma forma nobre onde ficasse registada a memória de um património e de uma cidade nos seus últimos 250 anos. Perdemos a oportunidade de valorizar e embelezar um espaço cultural da nossa cidade, com a colocação de uma secção deste exemplar devidamente ilustrado e datado como testemunho de uma memória... cada vez mais esquecida!


quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Já não bastava termos um cromo...!


http://projectopatrimonio.com/viseupedia/cromo_se_n08.html



O parque Aquilino Ribeiro caracteriza-se por uma concepção modernista que combina a funcionalidade do espaço com a preservação do património arbóreo, promovendo o ecossistema urbano de Viseu sob ponto vista natural, social, cultural e económico. O Arq.º Vianna Barreto teve o ensejo de poder reinterpretar o lugar, passado meio século da sua intervenção de raiz (1955), assumindo-se como um espaço de tributo, numa espécie de simbiose entre dois expoentes da cultura, preservação, interpretação e valorização das paisagens. A sua matriz arbórea radica no carvalho-alvarinho a par de outras espécies como o carvalho-americano, castanheiro, choupo-branco, magnólia, pinheiro-manso, plátano e tília. Nas espécies arbustivas, destacam-se o rododendro, azereiro, medronheiro e o azevinho, ilustrativas de espécies, algumas raras, autóctones ou em perigo de extinção. O projecto de reinterpretação, inaugurado a 23 de Dezembro de 2011, contemplou a requalificação de pavimentos, infraestruturas e equipamentos, sendo valorizada a componente da água através da criação de um circuito e ampliação do lago. A biodiversidade florística foi valorizada no sub-coberto arbóreo, no jardim sensorial, no enquadramento e naturalização do lago e no espaço relvado de anfiteatro.

Só faltava mais este cromo...de Viseu!


http://projectopatrimonio.com/viseupedia/cromo_n19.html



A Tília é um dos ex-libris arbóreos da cidade de Viseu, que caracteriza e inspira o seu centro urbano, pela sombra e harmonia estética e pelo perfume dos seus aromas, na época devida da floração. É uma árvore caducifólia, que enaltece a silhueta piramidal, após a queda outonal da folha. Podemos encontrar exemplares de três espécies, Tilia tomentosa, T. cordata e T. platyphyllos, cujos epítetos específicos relevam características das folhas, e o híbrido Tilia x europea que resulta do cruzamento espontâneo entre estas duas últimas espécies. A tomentosa caracteriza-se pela página inferior da folha estar coberta por tomento branco prateado, a cordata, expressa a forma de coração, sendo também denominada, na forma comum, por Tília-de-folhas-pequenas, em oposição à T. platyphyllus, a Tília-de-folhas-grandes. As flores, colhidas em Julho, usam-se na tradicional infusão de tília, conhecida pelas suas propriedades calmantes e refrescantes. A tília foi uma das árvores de eleição do mestre Aquilino Ribeiro, que as plantou no seu pátio beirão e que, privilegiada e sentimentalmente, admirou e descreveu.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Lago...Aquilino Ribeiro!


Tenho com o parque Aquilino Ribeiro, aquilo que se pode apelidar uma relação sentimental. Por várias razões. Era o parque mais notável da junta da qual o meu sogro foi Presidente, durante largos anos e que por isso várias vezes passeamos por lá juntos, em conversas amenas, e muitas vezes estratégicas, para o futuro de uma escola, uma cidade, uma população. Desses passeios saiu um alerta! é preciso fazer-se urgentemente uma avaliação biomecânica e fitossanitária dos exemplares arbóreos destes espaço nobilíssimo da cidade, até pela preocupação especial que ele tinha para com as pessoas. Bons velhos tempos! Assim em 2004, uma aluna minha a Cátia Pereira, desenvolveu um trabalho notável de avaliação de 53 árvores no Parque. Um trabalho entregue na autarquia nesse ano e que era uma ferramenta importante para a idealização do espaço que, o arquitecto Viana Barreto viesse a desenvolver e a criar na nova interpretação do parque passados cinquenta anos. Sei que o trabalho lhe chegou às mãos passados alguns anos, aliás após me ter perguntado se havia algum estudo dessa natureza...ao qual lhe respondi há-de estar numa gaveta, é só uma questão de procurar. Na altura chamei à atenção para um conjunto de debilidades que seria preciso acautelar, mas "santos da casa não fazem milagres". Assisti incrédulo num domingo, dia de eleições europeias algures em 2004, à queda de um ramo de grande porte a 10 m de um policia e de um bombeiro, cujo comentário foi "ainda bem que caiu se não tinhamos que puxar". Nós, ESAV, estamos cá para ajudar a autarquia e todas as instituições que sintam que possamos ser úteis. Temos limitações, como todos sabem, mas temos muita vontade de fazer e também sabemos aquilo que podemos fazer, agora, por favor! Não nos chamem apenas quando há problemas difíceis, de vez em quando chamem-nos, a ESAV, para a fotografia, porque todos gostamos de "carinhos". Em relação às opções tomadas na requalificação do parque, não me fica bem criticar, apenas vou fazer dois reparos e um comentário: 1) Arrancar o alcatrão, Sim! colocar calçada acimentada, Não!...era preferível um bom "tuvenan". As minhas filhas já não caem na calçada, mas as crianças "pequenas" não podem dizer o mesmo; 2) O lago é de dimensões desproporcionadas,...já ninguém, se lembra do sucesso das manhãs desportivas nos relvados do Parque? É pena, agora serão as manhãs não na piscina, mas no lago... e não se esqueçam de levar as bóias os mais pequenos! 3) Então a estátua do Mestre Aquilino Ribeiro, não tem lugar no Parque? é uma questão de justiça, cultura e acima de tudo bom senso. Perguntem ao Exm.º Arquitecto Viana Barreto se se importa? Quase que "ponho as mãos no lume" que não!


quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O mercado...voltou...a 5 de Outubro!


Tenho que confessar que não fui à Feira à moda antiga organizada pelo Centro Cultural Distrital de Viseu. Pelo que li foi um "estrondoso" sucesso com a afluência de produtores e público. E eu no Continente! Neste caso o "Burro" sou eu. Trata-se de um problema meu de acesso à informação. Mas onde quero chegar, é que este é um local de memória para as gentes viseenses. Se calhar tinha feito sentido outro projecto de requalificação do Mercado 2 de Maio. O que sei é que nunca terá sido dito ao Arq.º Siza Vieira, que este espaço requalificado seria para feiras de antiguidades, feiras agrícolas, e feiras de artesanato africano. Não acredito que ele fizesse aquela proposta. Mas é sempre bom, potenciar as infra-estruturas que temos. Parabéns pela inciativa.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Mais um dia sem carros...!


adefesadefaro.blogspot.com
Estranhamente hoje, em Viseu, andavam poucas pessoas nas ruas pela manhã. Era um dia feriado, mas deve haver uma explicação para o ocorrido. Este dia 21 de Setembro, feriado municipal, era normalmente usado pela autarquia para aderir ao dia europeu sem carros. Como a moda acabou, a autarquia decidiu não manter o dia sem carros. Um erro crasso porque esta iniciativa ajudava a mudar metalidades e a fomentar o andar a pé, só que as mentalidades não se mudam de um dia para o outro. O facto de estarmos a passar um momento de crise ainda acentuava mais a importância desta acção. Quando é para a fotografia, todos gostam de ficar. Se não há fotografia ou TVs já ninguém quer aderir. A moda não é andarmos todos juntos. Às vezes é sermos diferentes. Salva-se o facto de disponibilizarem os autocarros eléctricos. Esta medida devia ser estendida a um ou mais dias todas as semanas. Outra medida seria tirar os carros do centro histórico e colocar os autocarros eléctricos a circular pela zona. Não é fácil mudar mentalidades mas se não tentarmos não saberemos quais os resultados.